Cinema e Videogame sempre foi uma combinação explosiva. É incrível como até hoje pouquíssimos filmes baseados em roteiros de videogame se sairam bem. E o mesmo acontece ao contrário: nenhum jogo baseado em filme tem 100% (ou valor próximo) de aceitação da crítica. Como citei anteriormente no caso do Dragon Ball, certas vezes, não há condições de transpor o personagem do jogo ou desenho para um ator, por melhor que ele seja. A carga simbólica que o personagem cria em torno de si e o apego emocional que o jogador adquire conforme vai conhecendo sua estória, em determinados casos é única, e a tentativa de humanizar tal personagem pode acarretar na quebra desse mundo simbólico, levando o não-mais jogador e agora espectador a não o/se reconhecer frente o ecram do cinema.
Depois dessa baboseira pseudo-semiológica como introdução, relembrarei rapidamente os filmes provenientes de jogos. Não vou me estender muito, por que isso ja foi bem feito aqui e aqui.
Depois dessa baboseira pseudo-semiológica como introdução, relembrarei rapidamente os filmes provenientes de jogos. Não vou me estender muito, por que isso ja foi bem feito aqui e aqui.
O primeiro filme que lembro de franquia direta dos games é Mario Bros (1993). Era tão simples ter evitado esse constrangimento.. Era só ter chamado a equipe de produção e dizer que um encanador italiano bigodudo, que come cogumelos, pisa em tartarugas e tem um inimigo réptil gigante DEVERIA SER MANTIDO NO NÍVEL LÚDICO DA PARADA, ENTENDE? O personagem do Mario é estritamente lúdico. Qualquer tentativa de humanizar ele resultaria em falha. Era óbvio..
Já os irmãos Lee, de Double Dragon (1994), poderiam tranquilamente ter um filme decente. infelizmente os recursos técnicos, fotografia, casting e direção prejudicaram o projeto. O resultado é algo bizonho. Nos dois primeiros casos, a ambientação é futurista-decadente. É incrível como os visionários da década de 90 acreditavam que o futuro será sombrio. Talvez estejam certos, mas não em 2007, ano que os produtores do filme ambientaram a trama.
Já os irmãos Lee, de Double Dragon (1994), poderiam tranquilamente ter um filme decente. infelizmente os recursos técnicos, fotografia, casting e direção prejudicaram o projeto. O resultado é algo bizonho. Nos dois primeiros casos, a ambientação é futurista-decadente. É incrível como os visionários da década de 90 acreditavam que o futuro será sombrio. Talvez estejam certos, mas não em 2007, ano que os produtores do filme ambientaram a trama.
Street Fighter (1994). Cara, o que dizer desse filme? O filme mais esperado da década de 90. Fui ansioso pro cinema e, mesmo criança, saí totalmente decepcionado. Tanto pelo roteiro péssimo quanto pelo casting. Nada contra colocar o Van Damme fazer o papel do Guile. Ja entendia que era preciso ter estrelas no filme, e Jean Claude Van Damme caiu bem no papel. O problema é que ele não é o personagem principal! É o Ryo! ou Ken! Ou o Bison! Ou até o Zangief, mas não o Guile! Fora que o Blanka virou um Hulk de chapinha e o Dhalsin, conhecido por ser um lutador praticante da yoga, acabou virando um médico prisineiro que não luta. Alias, boa parte do casting não luta. Só aparece. E quando tem luta, é mal feita. Ryo, num esforço descomunal para os efeitos especiais da época, consegue soltar um hadouken, que mais parece um flash de câmera fotográfica.
Aí chega Mortal Kombat (1995). Esse é bom! Embora seja tosco nos aspectos cinematográficos, transpôs muito bem os personagens, ambientes e o enredo do jogo. Desse não posso falar muita coisa.
Depois filmaram-se outras franquias, como:
Resident Evil: péssimo filme. O jogo tem um roteiro com um baita potencial, mas não souberam aproveitar. Talvez se o Romero tivesse filmado...
Tomb Raider: Angelina Jolie é boa. E só.
Tomb Raider: Angelina Jolie é boa. E só.
Final Fantasy: Lixo! É uma animação de encher os olhos, mas não tem menor relação com os jogos, a não ser o nome. Ao contrário de Final Fantasy: Advent Child, que trabalha em cima de uma continuação do FF VII (o melhor). Esse sim, é fantástico. Quase chorei no início do filme, ao rever o cenário e os personagens do jogo. Um dos (se não melhor) RPG de todos os tempos.
Alone in the Dark: Não vi nem joguei.
Silent Hill: Gostei muito da ambientação do filme. Acho que captou bem o espírito da cidade. Mas faltou um algo a mais.
Doom: Fiquei com medo de ver (medo de me decepcionar, deixo claro).
E o inverso também acontece. O filme do Matrix ganha jogo, 007 ganha jogo, Senhor dos Anéis ganha jogo, o seriado do Lost ganha jogo, Nárnia ganha jogo, O Poderoso Chefão ganha jogo, Guerra nas Estrelas ganha jogo, Harry Potter ganha jogo, tudo que faz sucesso ganha jogo. Um pior que o outro, salvo excessões.
Então, frente a tamanhas atrocidades, a partir de agora postarei aqui toda vez que sair um filme baseado em jogo ou jogo baseado em filme, na esperança que apareça algo digno apareça. Mas fato é que nenhum, NENHUM filme vai superar a adaptação do jogo Campo Minado para as telas dos cinemas:
2 comentários:
ei, remo, não tinha um seriado do mário pra TV? digo, com pessoas de carne e osso e pá.
tenho uma vaga lembrança de uma série que passava na "firma" do mario e do luigi, só que acho que a parte lúdica que tu diz era totalmente ignorada. tipo um lance "os trapalhões" assim.
fiquei louca?
Bah.. Eu acho que tinha sim.
Mas, por sorte, não me lembro.
hehehe
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